Humanos e Divinos
22.11.2016
(Leandro Alves Pestana)
Por quantas vezes veio
A vontade de desistir
De jogar tudo para o alto
E não querer mais saber
Quantas vezes o cansaço
Aproximou-se e naturalmente
Veio a necessidade de
Uma solidão forçada
Para não ser obrigado
A estampar um sorriso
A fim de esconder os cacos
De uma fragilidade
Que temia em se expor
Quantas guerras travadas
Para assumir a condição
De pequeno e dependente
Discernir o tempo certo
E assumir riscos não é
E nunca será uma tarefa fácil
O fato também é que sozinho
Não se comemora
Não se chega a lugar algum
Assumindo tudo e querendo
Dar conta de tudo
Temos limites e o desgaste
Torna-se inevitável
Acontece comigo, com você
Acontece com todos
Reconhecer-se frágil
Muitas vezes pode ser
A nossa maior fortaleza
Descanse para existir uma
Nova oportunidade
Um novo jeito de chegar
E jamais para desistir
Daquilo que você almeja
E sonha como felicidade
Passe pela cruz
Por ser humano
Mas não fique nela
Por ser divino
Enxergue além
Vamos juntos!